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2/ABR /2020Sem possibilidade de home office, entenda como está o cenário das gráficas 

Desde a semana passada, tanto empresas como agências e assessorias de imprensa estão remanejando os seus colaboradores para atuarem em home office. Contudo, como funciona para quem não tem como trabalhar remotamente? Este é o caso das gráficas, que não têm como deslocar impressões e encadernamentos para a sala das casas de seus funcionários. Enquanto algumas pararam a produção, outras seguem atuando atentas às recomendações do Ministério da Saúde.

 

Coletiva.net conversou com Roque Noschang, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf-RS) e do Sindicato da Indústria Gráfica no Rio Grande do Sul (Sindigraf-RS). Diretor da Gráfica Triângullo, no Litoral Norte, afirmou que a empresa está totalmente parada desde a última sexta-feira, 20. Ele salientou que o decreto da Capital, emitido pela prefeitura de Porto Alegre, diz que as gráficas podem continuar trabalhando, pois sem impressos nada funciona. "As indústrias farmacêuticas necessitam de caixas para remédios e bulas, assim as de gêneros alimentícios precisam de embalagens e rótulos. Além disso, as empresas que estão autorizadas a trabalhar necessitam de notas fiscais e, inclusive, os próprios hospitais precisam de fichas de atendimento, bem como de receituários médicos", disse, ao enfatizar que recomendam para aqueles gráficos que não trabalham com produtos e serviços de primeira necessidade a fecharem as suas indústrias, para ficarem em casa e, assim, preservando a vida e colaborando na não propagação do vírus.

 

Além da Triângullo, a Impresul quase não está operando presencialmente. Isto porque foram concedidas férias coletivas para alguns, enquanto outros trabalham para entregar as demandas que foram recebidas anteriormente da pandemia chegar ao Estado. A Cromo, de Bento Gonçalves, parou completamente a produção, devido a um decreto firmado pela prefeitura da cidade da Serra, o qual obrigou todas as indústrias da cidade a fechar as portas por causa da prevenção à Covid-19. Conforme Julio Gostisa, diretor comercial da empresa, há o desejo de manter a gráfica em funcionamento, com menos pessoas, bem como cumprir o dever cívico, mas com regras rígidas de segurança e prevenção para atender aos clientes diretamente ligados à indústria de alimentos e supermercados.

 

"Muitas empresas irão quebrar e precisamos estar organizados e cuidar bem de nossos colaboradores neste momento. Estávamos começando muito bem o ano. Porém, vieram os cancelamentos de feiras e eventos, e tudo o que estamos presenciando", afirmou ao portal. 

 

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Porto Alegre (STIGPOA) emitiu nota nesta segunda-feira, 23, comunicando aos trabalhadores que as gráficas estão autorizadas a abrir. Comunicação Impressa, ANS e Noschang são algumas das produções que não pararam. Todavia, todas se manifestaram nas redes sociais enfatizando que estão operando com atenção redobrada em relação à equipe e ao ambiente de trabalho. 

 

As entidades da área, Abigraf-RS, Sindgraf-RS, STIGPOA e Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas do Rio Grande do Sul, emitiram nota, em conjunto, com orientações às diretorias e equipes. 

 

Confira a nota do STIGPOA na íntegra:

 

O Sindicato dos Gráficos comunica aos trabalhadores que as Gráficas estão autorizadas a abrir. Orientamos aos trabalhadores que cumpram as orientações do Ministério da Saúde, caso tenham sintomas do novo coronavírus deverá buscar atendimento médico, devendo ser afastado do trabalho por atestado médico. Aquelas pessoas que possuem doenças respiratórias (asma, bronquite....) devem buscar orientações médicas. 

 

Solicitamos que os trabalhadores comuniquem o Sindicato caso tenham colegas de trabalho com sintomas da Covid-19. Vamos nos proteger, esse vírus não é brincadeira. O trabalho é importante, mas o essencial são nossas vidas.     

 

Devido ao novo coronavírus e emissões por parte do prefeito de Porto Alegre, informamos que houve a publicação do Decreto nº 20521, datado de 20 de março, determinava o fechamento das indústrias (inclusive as gráficas). Em 22 de março, o prefeito publicou o Decreto nº 20525, autorizando o funcionamento da indústria gráfica.  Ainda há o Decreto Nº 20.526, de 23 de Março, que "altera o art. 1º do Decreto nº 20.524, de 22 de março de 2020, e determina a situação de distanciamento social de pessoas com mais de 60 anos de idade para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo coronavírus".

 

Fonte: Coletiva.net

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